quinta-feira, março 23, 2006

Se fossem bons, estariam no Mundial!

"E o Zé Diogo queria aproveitar para dizer que isto aqui... que isto aqui é uma data de ladrões, uma data de gatunos e... senhor Olegário Benquerença: uma data de chupistas..."
Zé Diogo Quintela in "Perfeito Anormal" - SIC Radical

O pior do futebol português são os dirigentes (destacadíssimos, em primeiro lugar) e os árbitros (que por este ritmo, podem ganhar aos dirigentes se continuarem a apitar tão mal como o fazem). O problema é que, se os dirigentes são totalmente dispensáveis, o mesmo já não se pode dizer dos homens de negro (agora também disponíveis em amarelo, verde alface e côr-de-rosa), parte indispensável de qualquer jogo de futebol. E o pior de tudo é que à excepção de um ou dois árbitros da nova geração, a perspectiva de termos bons juizes num futuro próximo é tão negra como os trajes que estes envergam. E o problema está nas bases. Há corrupção na arbitragem portuguesa? Sim, claro! Infelizmente, se a justiça pode prender os árbitros corruptos, não se pode fazer nada quanto ao árbitros incompetentes (e quem pode fazer, encobre os erros dos colegas), aqueles por muito boa vontade que tenham, acabam por justificar o seu estatuto de amadores. Tudo seria melhor se fossem profissionais? Não me parece, porque se eles não têm talento como amadores, não é o profissionalismo que vai conferir-lhes um dom especial para arbitrar.

Example
Lembro com graça um caso de corrupção no futebol distrital, onde um árbitro aceitou manipular o resultado de um jogo em troca de: DOIS SACOS DE BATATAS E DOIS GARRAFÕES DE AZEITE!